Shakespeareando

ACTO II
CENA I/II
Diante do Castelo de MACBETH. Lane bate aos portões.

LANE MALLUR
Que se abram os portões do mundo inferior,
Pois maldito este palácio por hora se tornou.
Quando MACBETH a Mephisto cedeu o seu ouvido,
Sua alma por certo dever ter adormecido.
Que chegue meu clamar ao soberano rei
E que venha o assassino padecer sob a lei.
Oh, querido DUNCAN, o sol não mais te acordará.
De teu nome só lembrança agora restará.
Porque não ouves e levantas deste nefando torpor
E perpassa tua espada neste que te encomendou.

Quanto a ti amigo BANQUO, dono de entendimento
Salva agora a teu rei e evita o sofrimento.
Pois logo tua cabeça, MACBETH também terá
E FLEÂNCIO na orfandade para sempre ficará.
Dizem, porém em verdade,
Que o assassino reinara sem posteridade.
De mim: as palavras foram recitadas
Agora irei partir desta terra abandonada.

Surgem os guardas e arrastam LANE para a forca.


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