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Mostrando postagens de julho, 2009

Pressa e Refúgio.

Avenida movimentada, asfalto e calçada. Caminho a passos velozes. Pressa e relógio. Grande multidão. Faces e sorrisos estranhos. Closura, um conhecido. Bom dia e aperto de mão. Faremos algo um dia. Claro que sim e obrigado. Um rápido adeus. Acenos e novos passos. Multidão novamente. Solidão e arrependimento. Chega de pressa! Parada brusca e um olhar inquisidor. Singela taverna logo a direita. Um chá quente e uma boa peça de bolo.

Pão

Por que gastas o que consegues com o suor do teu trabalho com aquilo que não é pão? Perguntou-me o profeta. Abismei-me, perplexo não pude respondê-lo. Ainda não posso. Cruel sistema. Maquina voraz. Saudades da montanha. África! Sapatos, livros, carros e roupas. Desespero. Solidão que é removida por Tua presença e preenchida por Tua paz. A vontade é de sumir no ato, do vil sistema. Perseverai, diz Tua palavra. Esforço-me. Gozo da paz por alguns instantes, algumas horas. Logo sou oprimido e me tiram a paz. Rogo-te perdão, com qual direito não sei. Afinal mereço? Perdoas-me, e inicia-se o ciclo. Até quando? Até o fim. Procurarei guardar o melhor para o final. Mas preciso que me puxes, todas as vezes que tentar pular do barco para o meio da tempestade. Segure-me, não me deixes ir. Imploro-te, mesmo não merecendo, te imploro. Pão ou um livro novo? Pão, segundo o conselho do profeta.

Calcário

Sou fraco. Arrogante, incauto, tolo e teimoso. Profanador de templo santo. Amontoado de cacos. Nada crio, no limite de minha criatividade apenas transformo. Sou rebelde, egocêntrico. Tenho os lábios impuros. Estendo o dedo à falha alheia. Sou barro, pó da terra. Nada sei, apenas teorizo. Quando digo o contrario disto tudo, já estou errando novamente. Sou mimado, ranzinza e birrento. Por que me Queres tanto assim? E por que me Ajudas a não fazer mais nenhuma destas coisas? Nada sou, mas escolheste-me. Glorias ao Eu Sou.