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Mostrando postagens de junho, 2009

Testemunho da natureza

As magníficas estrelas, com seu brilho magistral. Os animais com sua perfeita engenharia e vivacidade. A apaixonante lua rainha das serenatas. Os suspiros das eternas ondas em seus tenazes abraços a areia dourada. A órbita dos seres celestes infinitos, que seguem Vossa ordenança. As miríades de meus pensamentos, incautos, pueris, vigorosos, eloqüentes e passageiros. As flores com seus perfumes, formas, brilhos e elegância. As profundezas do oceano, gargantas sem fim de mistérios ancestrais. A imensidão do universo, o verso universal, o quase tudo sem ser a não ser por Vós. A criança que inicia a grande escalada a passos contados e medidos, mas sem medo do tropeço. O dia do agrado, descanso merecido. O dia da luta, o deserto escaldante, o pranto terrível, as dores do parto. O abraço invisível, o sorriso interno, o diálogo monólogo, as revelações sorridentes. A chuva de vida, que vem como amiga, chorando um olá. De tudo que sinto, de tudo que percebo pelos meus limitantes cinco. Tudo faz

Verdes Muros

Vale mais a sociedade, ou o eremita em sua choupana? Palha, terra, barro, grilo, lagoa e gorgolejar sublime. Concreto, tijolo, ferro, motores, fumaça e gemidos. Caminhei nos ermos, caminhei sim. Caminhas-te tu? Ouviste o silencio? Sim, lá esta ele. Não podemos ouvi-lo por isso esta. Desnecessário este adendo. Mas criança é assim. Saudade da bela fauna. Contento-me com um jardim. Caminhas comigo, ó amigo do esclarecimento. E me ajuda a desvendar esta questão tão pueril. Nascido da terra e dela separado, vivendo no concreto, feito por suor alheio. Por acaso não faz a andorinha seu ninho? Eu? Não. Tu? Talvez. Onde estava aquele grilo?

Passeio Felino

Noite sombria nas vielas urbanas Aqui o gato é o leão da savana Sem moinhos de vento Não há gigantes Entre postes cegos e luzes ofuscantes Corre Quixote A sombra da noite.

Lacunas IV

Anexa e pronto! Tais encaminhado. Vai! Ela não vai exigir mais. Para a gente finalizar, coloque entre parênteses a sua doença!

Lacunas II

Toda a semana a mesma historia. A definição da síndrome já assumiu um peso de valor. O importante é tomar consciência daquilo. E resgatar o sujeito a sua dimensão social. Isso é tranqüilo! Vocês já vão embora? Tchau pessoal, bom final de semana!

Antigos Provérbios perdidos e recalcados

Quantas igrejas tem no céu? Lá onde as ruas não possuem nomes. De que serve semear a discórdia ao invés da harmonia? A vaidade é uma prisão que agrilhoa a alma. Existe absolvição para aquele que não é julgado? Se o homem é de má índole, dar-lhe-ia Deus poder para julgar? O egoísta acredita apenas em si, mas o contemplativo pensa no próximo. Como procede o teu julgamento serás julgado. Aquele que não tem o que perder é porque já perdeu tudo que tinha. Quantos seguiram Cristo em sua árdua estrada? Vale mais uma oração ou uma criança alimentada? Porque puniram os pecadores com outro pecado? As folhas buscam o sol, mas as raízes embrenham-se nas profundezas da terra. A mentira é revelada pelo corpo e a verdade resplandece a alma. Se o ataque é a melhor defesa, porque a fofoca é tão fraca? A vida é a mãe da morte. A justiça é míope, somente a morte é cega. Os pássaros não se vangloriam de suas asas, porque se orgulha o homem de sua racionalidade? O mar tem pressa, mas as rochas eternamente

Lacunas

É a Maria, é a Joana! Dona não, me chame pelo nome! Médico, velho, criança é sujeito, ponto. As vezes conversar com as freiras é “Irmã, irmã, irmã”. Não. Porque ali você cria um espaço para o sujeito. É meu filho? É! Pronto.